A rastreabilidade é uma exigência crescente em diversos setores, da indústria farmacêutica à logística, passando por alimentos, bebidas, transportes e tecnologia. Nesse contexto, o vocabulário técnico é uma ferramenta essencial para garantir a comunicação clara entre fabricantes, fornecedores e clientes. Neste glossário de rastreabilidade, reunimos os principais conceitos que você precisa conhecer sobre controle de rastreabilidade, com foco em lacres e elementos de segurança.

Diferença entre lacre, selo de segurança, etiqueta e selo fiscal

Esses termos costumam ser usados como sinônimos no cotidiano, mas cada um tem sua função específica no contexto de rastreabilidade e segurança:

• Lacre: Dispositivo físico (plástico, metálico, adesivo, entre outros) que serve para impedir ou evidenciar violações em embalagens, portas ou compartimentos. Pode ter mecanismos de fechamento irreversíveis e, geralmente, possui numeração única.
• Selo de segurança: Termo genérico que pode incluir lacres, etiquetas e outros elementos. Sua função principal é garantir a integridade e autenticidade de um produto, embalagem ou sistema.
• Etiqueta: Elemento adesivo que pode conter informações variáveis (como código de barras, QR Code, número de série) e, em alguns casos, recursos de segurança (hologramas, tintas reativas). É amplamente utilizada para rastreabilidade visual e eletrônica.
• Selo fiscal: Tipo específico de selo utilizado por órgãos governamentais para comprovar o pagamento de tributos e a legalidade de determinados produtos (como bebidas alcoólicas, cigarros e medicamentos).

Saber a diferença entre esses termos ajuda empresas e profissionais a especificarem corretamente os produtos que precisam e evita falhas de comunicação com fornecedores.

O papel da terminologia técnica na padronização e qualificação de fornecedores

Usar uma linguagem técnica comum é essencial para padronizar processos e qualificar fornecedores. Quando uma empresa especifica um “lacre tipo espiral de nylon com numeração sequencial gravada a laser”, ela está evitando ambiguidades e garantindo que o fornecedor entregue exatamente o que foi solicitado.

A terminologia técnica também é crucial em auditorias, processos de certificação (como ISO 9001) e licitações públicas, onde cada detalhe conta para garantir conformidade com normas e exigências regulatórias.

O que é rastreabilidade e controle visual, e por que isso importa

Rastreabilidade é a capacidade de seguir o histórico, a aplicação ou a localização de um item através de identificações únicas e registros documentados. Ela permite acompanhar um produto desde sua origem até o consumidor final, oferecendo segurança, responsabilidade e agilidade em casos de falhas ou recalls.

Controle visual, por sua vez, é o uso de elementos visíveis (etiquetas, lacres, selos) para indicar status, autenticidade, ou possíveis violações de integridade. É uma forma simples e eficaz de garantir que um item não foi adulterado ou acessado indevidamente.

Empresas que adotam práticas de rastreabilidade e controle visual demonstram comprometimento com a qualidade, a transparência e a segurança, fatores valorizados pelo mercado e exigidos por regulamentações cada vez mais rigorosas.

Principais termos técnicos usados na fabricação e aplicação de lacres

A fabricação e aplicação de lacres de segurança envolvem uma série de processos técnicos que garantem a eficácia, a inviolabilidade e a rastreabilidade desses dispositivos. Conhecer os principais termos utilizados nesse segmento é fundamental para fabricantes, distribuidores, compradores e usuários finais. Veja abaixo os principais conceitos que você precisa entender:

Força de ruptura

É a força necessária para romper o lacre, medida geralmente em Newtons (N) ou quilogramas-força (kgf). Esse parâmetro é essencial para garantir que o lacre resista a tentativas de violação, mas que também possa ser rompido manualmente ou com ferramentas simples quando necessário. A força de ruptura ideal varia conforme a aplicação: lacres logísticos costumam exigir resistência menor que lacres para contêineres ou caminhões-tanque.

Torque de aplicação

Aplica-se especialmente a lacres com sistema de rosca ou parafusos de segurança. O torque de aplicação é o esforço necessário para instalar o lacre corretamente, garantindo que ele fique firme sem danificar o dispositivo ou a superfície onde será aplicado. O valor do torque é medido em Newton-metro (Nm) e pode ser controlado com o uso de torquímetros para assegurar padronização.

Codificação sequencial

É o processo de identificação única de cada lacre por meio de numeração ou códigos únicos e sequenciais. Essa codificação pode ser alfanumérica e gravada por diferentes métodos, como hot stamping, impressão a laser ou gravação por jato de tinta. A codificação sequencial é essencial para a rastreabilidade e o controle logístico, permitindo que cada lacre seja monitorado desde a fabricação até a aplicação final.

Anodização

No caso de lacres metálicos, como os fabricados em alumínio, a anodização é um tratamento eletroquímico que aumenta a resistência à corrosão e ao desgaste do metal. Além disso, esse processo pode adicionar coloração ao lacre, o que ajuda na categorização por tipo de uso, nível de segurança ou setor de aplicação. A anodização também melhora a aderência de gravações, como logotipos e códigos.

Mecanismo de travamento

Refere-se ao sistema interno que impede a reabertura do lacre sem rompê-lo. Pode ser por dentes, esferas, cunhas, ou sistemas de trava única. A complexidade do mecanismo está diretamente relacionada ao nível de segurança desejado.

Indicação de violação

Alguns lacres são projetados para deixar evidências visuais de tentativa de violação, como marcas, quebras ou mudanças de cor. Isso inclui lacres termoativos (que reagem ao calor), autoadesivos de segurança (que deixam mensagens como “void”) e lacres com evidência de rompimento mecânico.

Material de fabricação

A escolha do material influencia diretamente as características de resistência, flexibilidade e inviolabilidade do lacre. Os principais materiais utilizados são:

• Polipropileno (PP) e Polietileno (PE): leves, resistentes e recicláveis. Muito usados em lacres logísticos.
• Nylon (PA6 ou PA66): com maior resistência térmica e mecânica.
• Alumínio anodizado: mais durável e resistente à corrosão, ideal para lacres metálicos.
• Aço galvanizado ou inox: usados em cabos e travas de segurança de alto padrão.

Personalização gráfica

Além da codificação, muitos lacres recebem personalizações com logotipos, QR codes ou mensagens específicas. Isso contribui para a identificação da empresa responsável pela aplicação e também para evitar falsificações.

Conclusão

A compreensão desses termos técnicos é essencial para escolher o lacre certo para cada aplicação, além de garantir a conformidade com padrões de segurança e rastreabilidade. Um lacre bem especificado e corretamente aplicado é uma barreira física e também um instrumento de controle e confiança entre empresas, fornecedores e clientes.

Agora que você já sabe como os lacres metálicos favorecem uma gestão eficiente do centro de distribuição, visite nosso blog para mais conteúdos como este e acompanhe a MetaLacre nas redes sociais!