A indústria do plástico é um dos segmentos mais presentes no nosso cotidiano. Desde as sacolinhas do supermercado ao telefone celular, o plástico é um produto versátil de grande usabilidade.
Entretanto, com a alta da inflação, principalmente com a pandemia da COVID 19 e guerra no leste europeu, o setor vem sofrendo inúmeras adversidades que afetam diretamente sua produção.
No artigo de hoje falaremos sobre os impactos da inflação na indústria do plástico e as medidas que estão sendo tomadas para driblar essa situação.
Aproveite sua leitura!
As dificuldades enfrentadas pela indústria do plástico
Apesar de ser um mercado promissor, desde 2020 a indústria do plástico vem passando por algumas dificuldades.
Durante a pandemia, a falta de matéria-prima no mercado afetou a produção de produtos plásticos.
Além da escassez por falta de fabricação de polietileno, polipropileno e policloreto de vinila, que são insumos básicos para a produção de plástico, outros segmentos precisaram da matéria-prima para priorizar a fabricação de equipamentos e produtos hospitalares descartáveis.
Em 2021, os valores das resinas tiveram um aumento de 45%, justamente pela fabricação de produtos voltados para prevenção e tratamento da COVID 19.
Apesar de uma breve estabilidade ocasionada ainda em 2021, o aumento da inflação e a queda do poder aquisitivo da população mais uma vez afetou a indústria do plástico, que sofreu uma retração.
Agora, em 2022, com a guerra entre Ucrânia e Rússia, mais uma vez causando impactos para o setor. Principalmente porque os insumos principais para a produção de plástico são derivados do petróleo.
Com esses impasses, a indústria do plástico se vê em uma situação complicada, que pode ficar ainda pior no momento de efetuar a reposição de insumos, já que os valores de mercado já estão mais altos.
Entretanto, de acordo com o Simplast-MG (Sindicato da Indústria do Material Plástico do Estado de Minas Gerais), a redução de 25% na alíquota do IPI anunciado pelo Ministério da Economia pode trazer um fôlego para a indústria do plástico.
A presidente do sindicato Ivana Braga afirma que 70% das empresas de plásticos são de pequeno porte, logo o imposto diminuído pode favorecer a produção e aumentar a competitividade.
Como fica a cadeia produtiva para a indústria do plástico?
Apesar da grande empregabilidade do plástico em diversos segmentos, ainda há discussões sobre seus impactos no meio ambiente.
Para aproveitar ao máximo as características do material, a indústria do plástico vem desenvolvendo novos modelos de negócios, processos e tecnologias para a transformação do produto.
Com a pandemia, houve um aumento de embalagens e itens descartáveis e apropriados para evitar o manuseio direto e facilitar a higienização, principalmente de alimentos. Essa necessidade de embalagens plásticas aumenta o argumento sobre a poluição causada pelo plástico.
No entanto, como a própria presidente do sindicato ressalta, a poluição é ocasionada pelo próprio homem, que faz o descarte indevido do plástico.
O Brasil possui uma política nacional de resíduos sólidos, mas a mesma não é cumprida pela maioria dos municípios. Logo, é importante uma conscientização sobre o descarte adequado até mesmo para impulsionar o segmento de reciclagem.
A reciclagem é uma das atividades que favorecem a indústria do plástico, não só no reaproveitamento de matéria-prima como para a geração de empregos.
Espera-se que com o novo comportamento e as necessidades trazidas para a comunidade pela pandemia impulsione esse segmento que é tão importante para o meio ambiente como para a própria indústria do plástico.
O futuro da indústria do plástico
Mesmo com um cenário ainda incerto, especialmente pelo prolongamento da guerra na Europa, a indústria do plástico tem previsão de um futuro interessante.
Além do foco na sustentabilidade com a reciclagem do plástico, a pandemia trouxe a necessidade de embalagens diferenciadas, até mesmo pela mudança de comportamento do consumidor.
Existem 3 tendências de embalagens que podem favorecer a indústria do plástico e servir como um destaque para a comercialização de produtos.
Embalagens antivirais
Com a pandemia, o consumidor mudou seus hábitos de higiene, logo busca embalagens mais fáceis de serem higienizadas ou descartadas.
Pensando nessa questão, a indústria do plástico já oferece as embalagens antivirais, que já podem ser encontradas em formas de bisnagas para alguns cosméticos.
A estrutura da embalagem conta com um aditivo antiviral que auxilia no combate a microrganismos durante seu manuseio.
Embalagens compostáveis
Essas embalagens mantêm foco na sustentabilidade. Elas podem se decompor e originar composto que pode ser reaproveitado.
Seu processo de fabricação não é à base de petróleo, o que gera uma produção mais limpa, além de gerar menos quantidades de gases que formam o efeito estufa.
Embalagens para e-commerce
Com o aumento de compras pela internet, as embalagens para e-commerce são diferenciais de valor para produto e empresa.
Muitas lojas já possuem embalagens personalizadas, tanto em cores, tipografias e formatos, que promovem uma experiência favorável ao cliente durante a abertura do pacote.
Essas medidas visam levar novas tendências à indústria do plástico para impulsionar a economia.
A indústria do plástico é um dos segmentos mais importantes, já que atende diversos outros segmentos. Hoje podemos encontrar plástico nos mínimos itens.
Mediante as crises que o setor vem sofrendo e mínima possibilidade de inovar em outras matérias-primas, algumas ações são fundamentais para que o segmento ganhe força.
Enquanto ainda vivemos momentos complicados que afetam diversos setores, principalmente a indústria do plástico, esperamos que medidas como embalagens inovadoras e processos de reciclagem possam manter o segmento em ativa.
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Até a próxima!